28 de agosto de 2009

Cativa-me! Antoine de Saint Exuperry




...E foi então que apareceu a raposa: - Bom dia, disse a raposa.


- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.


- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...


- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...


- Sou uma raposa, disse a raposa.


- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...


- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.


- Ah! desculpa, disse o principezinho.


- Que quer dizer "cativar"?


- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."


- Criar laços?


- Exactamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo... Se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo... A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe: - Por favor... cativa-me! disse ela.


- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.


- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me! ...


Antoine de Saint Exuperry

25 de agosto de 2009

Pensamento do Dia


Quem trabalha muito, erra muito.

Quem trabalha pouco, erra pouco.

Quem não trabalha, não erra.

Quem não erra é promovido!!


Pois é e assim temos a imagem do nosso país

23 de agosto de 2009

Turismo no Triângulo...uma utopia!


Fala-se com grande interesse na póximidade das ilhas do triãngulo, Faial, Pico e São Jorge, vende-se até esta imagem havendo lojas que promovem a venda de iguarias e artesanato destas ilhas o que é de louvar, no entanto não compreendo porque é que São Jorge não dispõe de uma loja como esta...será que tem haver com a falha de transportes para esta ilha ao longo do ano, ou será apenas que a ideia de sermos um triângulo cheio de potencial turistico não passa do papel?!

Vou com alguma frequência a São Jorge, e tornei-me uma admiradora da ilha, e com o passar do tempo aumenta o meu lamento pelas fracas condições que os transportes marítimos oferecem a quem nos visita. Há pouco tempo fui lá com a minha familia e o meu marido e na espectativa de fazermos uma viajem de barco agradável aproveitando as mágnificas costas das nossas ilhas banhadas com bom tempo, trocáram-nos as voltas e de uma viagem no exterior passamos a ter que viajar fechados no barco que já vinha da Terceira, em que na sua grande maioria os passageiros estavam enjoados e assim permaneceram até á Horta, sem àgua no bar do Barco e com os sanitários em PÉSSIMAS condições. Realmente, foi uma bela imagem que demos dos nossos serviços aos vários turistas que connosco partilharam desta experiência.

Mas ao longo do verão, esta foi a gota de àgua no meio do oceano, de tudo aconteceu aos transportes maritimos desde avarias, troca de horários, desde o barco que vinha para fazer ligações e que meteu àgua e barcos que estavam em construção e que passaram de uma solução para as ligações açorianos para um problema maior.

Admiro os homens que diàriamente dão a cara por este descalábro maritimo turistico, os marinheiros que diáriamente têm que ouvir as nossas queixas, quando no fundo quem anda a meter àgua (e não é de agora) é quem manda, e que em vez de inaugurarem lojas de productos açorianos em Lisboa haviam de estra mais preocupados com quem nos visita cá dentro durante todo o ano esses sim, deixam dinheiro nas nossas ilhas e com estas vivências voltam para os seus países com pouca vontade de voltar... o que nos vale é a beleza natural mas o que liga o nosso triângulo é a água que o governo tem metido ao longo destes ultimos anos!